sexta-feira, 15 de maio de 2009

O perfume da rosa sobre o túmulo



As rosas...as lágrimas... o tempo... o ser...o vazio...

Já não existe mais! O ser do ser que se foi! Mas, não é o ser pelo que se é acima do corpo?

Porque choramos o corpo? E enquanto este não se apresenta diante de nós, inerte, vazio, não acreditamos que a morte o tragou? Amamos a aparência do corpo, e não o ser além do corpo... Pois o ser além do corpo transcende o visível...

Por que o desaparecimento de alguém que amamos, abre em nós as mais diversas formas de dizer que o viver tornou diferente?

Será que é pela pessoa que já não existe mais, ou por nós mesmos?

Por que, nós humanos, diferentes dos outros animais, dizemos que com a pessoa que amamos, quando esta nos deixa, ao ser tragada pela morte, no morrer, foi também parte de nós?

Sentimos saudades pela pessoa ou estamos triste porque a pessoa não pode nos oferecer o que oferecia?

As rosas não falam...ainda que exalem o perfume, todavia, o perfume da rosa sobre túmulo, será para sempre o perfume ausente do corpo...

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